[P01] Argentina rejeita projeto brasileiro de iluminar Cataratas do Iguaçu

14/09/2007 - 12h45

Um projeto brasileiro para iluminar as Cataratas do Iguaçu foi rejeitado pelas autoridades argentinas do parque que abriga o ponto turístico.
Segundo o gerente da concessionária de serviços no Parque Nacional de Iguaçu da Argentina, Alcides Capra, clarearem o local com raios laser, como sugere o projeto, alteraria a vida normal e natural da fauna, "pois elas seriam iluminadas para que fossem visitadas também à noite".
Capra afirmou que as 275 quedas de Iguaçu, um dos pontos fronteiriços com o Brasil, são "um destino turístico que se diferencia pela preservação do ambiente e os raios laser tirariam esse privilégio". "Já temos espécies de fauna em extinção e com esse projeto será pior", acrescentou.

Confira a reportagem na íntegra:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u328486.shtml

[Análise]

O governo argentino rejeitar o projeto de iluminação das cataratas do Iguaçu, o mesmo contesta que clarear o local com raios laser, como sugere o projeto, alteraria a vida normal e natural da fauna, "pois elas seriam iluminadas para que fossem visitadas também à noite". E para o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, que propõe ainda a projeção de imagens sobre as quedas d'água, ele declara que esse projeto "não iria diferir muito do que uma tempestade de trovões pode fazer na região". "Também não prejudicaria em nada as quedas d'água, os pássaros e ou borboletas, e seria um atrativo extraordinário", afirmou o prefeito.
Acho um absurdo à proposta acima da iluminação e projeções na quedas, é muito mais bonito admirar o local como ele realmente é, os reflexos da lua nas suas águas em determinadas noites.
Em muitos lugares que estão implementando a iluminação, a beira mar, em travessia de rios, em rios que ligam as lagoas ao mar, o fato está impedindo a migração de peixes e espécies marinhos, que buscam os rios e lagos para desova e procriação, a iluminação confunde suas rotas migratórias, com enormes prejuízos para a continuidade da espécie, causando uma visível diminuição no estoque do pescado, e um brutal empobrecimento das populações ribeirinhas, que acabam para sobreviver lançando mão de métodos predatórios para prover seu sustento, realimentando ainda mais a degradação ambiental.

[Proposta]

Ao invés de liberar verbas para ser gastos em iluminação, este dinheiro poderia muito bem ser gasto em campanhas de “preservação ambiental”, para orientar e ensinar os turistas, de lá mesmo, e visitantes de fora, que “lugar de lixo é no lixo”. Visitando algumas páginas de internet, encontrei uma reportagem sobre as cataratas do Iguaçu, relatando, que há voluntários trabalhando para que este lugar fique menos poluído, tendo sido recolhido quilos e mais quilos de toda sorte de material jogado fora pelos visitantes.